A Alegoria da Caverna em 2023...



A nossa zona de conforto é o nosso pequeno mundo

A “Alegoria da Caverna” de Platão explora a ideia de descobrir um novo mundo, saindo da nossa zona de conforto ou do “nosso pequeno mundo”.

Logo, as personagens designadas como prisioneiros somos nós, humanos, e estamos na nossa cavernas, ou seja, na nossa zona de conforto.

Quando um dos prisioneiros sai da caverna e vê um novo mundo, acha-o difícil de aceitar devido às novas ideias e às novas realidades, mas logo se vai habituando.

A mensagem que este estudo nos passa é que é importante nós sairmos do “nosso mundo” habitual e explorarmos novas realidades e diferentes pontos de vista sobre as coisas, pois podem ser muito mais úteis e podem-nos ensinar muito mais do que o nosso mundo que é seguro mas limitado, se limita a ensinar-nos.            

                                                                                         Joana Oliveira, novembro de 2023



A Coreia do Norte, "sair da caixa" "atirar cá para fora novas ideias"

           A Alegoria da Caverna é uma extensa metáfora, criada por Platão para refletir sobre a realidade em que todos vivemos e o nosso conhecimento das coisas.

Conta-nos esta alegoria que dentro de uma caverna escura, existem três homens amarrados, virados para a parede desde a nascença, que só conseguem ver sombras de pessoas a passar, refletidas na parede, e que fora desta caverna, existe o “mundo real”.

As pessoas dentro da caverna representam muita gente do mundo em que vivemos, que não quer “sair da caixa”, que está presa nas suas próprias ideias e ilusões e não quer aceitar outros pontos de vista. Podemos, hoje, considerar como exemplo desta alegoria a Coreia do Norte, pois a população não sabe da verdadeira realidade do país e está presa no seu mundo, sem saber o que se passa “lá fora”.

Quando um dos prisioneiros consegue desamarrar-se das correntes da caverna, ele vai lá para fora e fica fascinado com a realidade que encontra e que é completamente diferente. E, no exterior da “sua” caverna, obtém então um conhecimento da realidade completamente diferente daquilo em que antes acreditava.

Depois de ver tamanha maravilha, vai contar aos outros prisioneiros mas eles ignoram-no, pois estão presos nas suas ilusões.

Podemos comparar os filósofos, com o prisioneiro que viu o mundo lá fora, pois os filósofos também “saem da caixa”, à procura de novas ideias.

Em suma, a Alegoria da Caverna, serve para refletir sobre a realidade e o conhecimento da verdade e criticar as pessoas que não querem “atirar cá para fora novas ideias”, que é o que dizia Sócrates que todos devíamos fazer, comparando o nosso pensamento com o que fazia a sua mãe que era parteira.

                                                                                        Ana Filipa Luís Rocha, novembro de 2023



"Tirar" as pessoas das aparências da realidade mundana


Esta alegoria tem como cenário uma caverna onde vários prisioneiros estão amarrados em frente a uma parede, fazendo com que seja impossível eles virarem-se para trás. No fundo da caverna (atrás deles) está uma fogueira, e tudo o que passa entre ela e os prisioneiros, quer sejam seres vivos, quer sejam objetos, dá origem a sons e sombras distorcidos, passando uma imagem errada do mundo real.

Quando um dos prisioneiros é libertado, e depois de se habituar à luz e conhecer as maravilhas do "mundo real", vai contar a descoberta aos seus companheiros. Mas, depois de lhes contar a fantástica notícia, os "amigos" chamaram-lhe louco, pois o que ele diz não se parece nada com o mundo em que eles acreditam estar. E foram ainda mais longe, pois com medo daquilo que o amigo libertado pudesse atrair, os prisioneiros matam-no. 

Agora descodificando. A caverna simboliza a realidade onde vivemos e as sombras e sons distorcidos são os preconceitos e opiniões ignorantes das pessoas. O prisioneiro que fugiu representa o filósofo, aquele que tem como objetivo "tirar" as pessoas da ignorância. O final (morte) é relacionado com o que aconteceu com Sócrates. Este foi preso e condenado à morte, após ser considerado culpado da acusação de corromper a juventude com os seus pensamentos questionadores e analisadores de preconceitos e opiniões mal fundadas.

Por outras palavras, Sócrates incentivava os jovens a ousarem ser filósofos, descobrindo, pela reflexão crítica, quais as verdadeiras questões-problema da nossa existência, bem mais importantes que a aparência superficial da realidade mundana.

                                                                        Simão Fernandes, novembro de 2023